domingo, 1 de março de 2009

E quando...



E quando a raiva nos tolda a visão... e tudo é sangue e desespero e angústia...
E quando o resto do mundo deixa de existir... e ficamos sós num quarto fechado sem janelas e sem ar... entregues à nossa insanidade...
E quando batemos de punhos cerrados numa parede... que não cede nunca, por mais que a esmurremos...
E quando caminhamos pelas ruas levitando... sustentados no ar pelo pelo nosso próprio ódio...
E quando tudo é escuridão e as palavras nos envenenam a alma e nos afogam a razão...
E quando...

6 comentários:

Brown Eyes disse...

É quando é hora de parar e reflectir porque é quando estamos à beira do abismo.

ph disse...

muito bom!

Clairvoyant disse...

Desculpa mas não sou capaz. Percorrer esta tua vertente é demasiado negativo para mim. Tu tens vocabulário, sabes alguma coisa sobre escrita, mas não consigo deixar-me envolver por estes textos. O que vi (na diagonal) é sempre muito negativo, muito mórbido. Parece sempre a descer, não sobe. É uma opinião muito pessoal, mas o que me cativa são montanhas-russas emotivas.

Ainda assim, acho que tens bastante potencial. Nota-se uma tendência de vestir o personagem, assimilar o que este sente e soltar cá para fora a vivência que tiveste na tua imaginação. Se não fazes teatro amador, penso que deverias tentar. Mais do que uma escritora, vejo aí uma actriz em potência.

Posso estar enganado (já aconteceu uma ou duas vezes, mas é muito raro). Seja como for, desempenhar papeis é um exercício muito bom para quem escreve. Acrescentas a expressão física ao papel que vestes enquanto escritora.

No entanto, não te inibas, continua a fazer aquilo que te dê prazer. Pela quantidade de comentários e pelos elogios que recebes, tens um público fiel.

Brown Eyes disse...

Como estou com saudades das tuas histórias aqui estou e vou acrescentar:
E quando escrevemos assim que mais podemos desejar?
Este "e quando tem" alma, garra, a da Ginger

J Araújo disse...

O texto é bom. Mas pra leitura aqui é um pouco cansativo.

Mas valeu a pena sim vir aqui.

Abraço

Johnny disse...

Gosto muito do texto, não gosto tanto da repetição das reticências que, segundo uma orientador minha de estágio, indicam incongruências e incapacidade para lidar com os problemas de continuidade dos textos.